2013, mais impostos para pagar a divida descontrolada

Enquanto o estado continua a não fazer o ajustamento que deve, cortando por onde pode, continuamos os privados a suportar os devaneios de quem vive com o dinheiro dos outros, que pela força e ameaça continua a extorquir aos privados através dum sufoco e uma carga fiscal que já ultrapassou todos os limites do que é suportável.

Algumas medidas propostas para o orçamento de 2013 que directa ou indirectamente afectarão a nossa vida no dia-a-dia:

Corte entre 3,5% e 10% para pensões superiores a 1.500,00€, não incluindo o Subsidio de Férias e Natal, já suspensos;
Funcionários públicos verão a idade da reforma subir para os 65 anos, convergindo com o regime geral da Segurança Social. Efeitos previstos: aumento das reformas antecipadas c/ penalizações severas;
Mais rescisões e não renovações dos contratos a termo, atingindo 86 mil funcionários públicos;
Alteração das tabelas de IRS que, de forma indireta, aumentará a carga fiscal pela via de redução de escalões;
Trabalhadores independentes passarão a descontar 30,7% para a Segurança Social, ao invés dos já 29,6%;
Criação de um Imposto de Selo que incidirá sobre os imóveis cujo valor patrimonial seja superior a um milhão de euros, a existir já em 2012, com continuação em 2013;
Aumento para 26,5% da retenção da fonte nos juros e mais-valias. Efeitos negativos: diminuição e fuga do capital no médio-longo prazo;
Continuação e aumento do imposto vigente atualmente para os bens “luxuosos”, tal como carros, aviões e barcos;
Empresas com lucro tributável superior a 1,5 milhões de euros sofrerão um corte de 3% com a aplicação da taxa adicional de solidariedade e limitação da dedução de encargos excessivos;
Renegociação dos contratos já existentes e alteração da estratégia utilizada nos contratos de parceria público-privadas (PPP);
Trabalhadores por contra de outrem passarão a descontar 18% para a Segurança Social e empresas verão a sua contribuição reduzir de 23,75% para 18%;
Aceleração das privatizações, ainda em 2012, da ANA e TAP. Para 2013, estão previstas privatizar os CTT, a área de resíduos das Águas de Portugal e a CP Carga;
Racionalização dos custos das empresas públicas e diminuição do volume de transferências do Estado para estas.